A grande interrogação proposta é se poderá haver uma presunção de que há qualquer coisa para ensinar, para transmitir, no que à arte diz respeito.

A decisão de, pelo menos, tentar manter as incoerências próprias de um diálogo deste género feito em conjunto é a única justificação para o título do espectáculo, mesmo que estas incoerências se percam depois de cada um dizer o que pensa.

São estes momentos de incoerência que são o centro da discussão. São opiniões directas atiradas à cara do investimento de sentido que cada um faz e que está permanentemente sujeito a mudanças, um processo que se opera através do colapso do investimento dos outros.

Entre concordância e discordâncias o que se tenta enfatizar, talvez apenas simbolicamente, é mesmo uma mudança. Uma mudança visível inserida dentro da certeza que é necessária para passar conhecimento artístico.

Ch-ch-changes, pretty soon now you’re gonna get a little older

David Bowie

27 de abril de 2010

Excertos de A Portrait Of The Artist As A Researcher de Dieter Lesage

Voz Gravada:



 Voz ao vivo:
“So I am a thinker. I develop reflections none of you really cares about. I take intellectual risks. I speculate about artistic problems, I critically kick ass. I’m a transcender. I cannot put all my research efforts into one kind of artistic problems. So I interdisciplinarize my reflection. I link the reflections I make. You would say it differently. I know. You say I don’t have a method. You say I mix things up. While mixing is my method. Do I tell you how to construct a machine? No. So don’t tell me how to work as an artist. Coz’ you don’t have a clue. Don’t you tell me that I should publish, that I should publish more, that I should publish there, or publish then. I publish where I want, when I want and how I want. Don’t tell me that meaning only appears in text. Don’t tell me that without a written text on my work, my work doesn’t have any meaning. Words don’t have the monopoly of meaning, you know what I’m saying?” 

Voz Gravada:




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