2 de maio de 2010
Diálogo entre uma Lagosta e o Adam Green #1
Adam Geen – Bravo!
Lagosta – É tudo muito amador.
A.G. – Excelênte plasticidade. Perfeito.
L. – Muito Kitsh. Tem, aliás, uma plasticidade muito bizarra.
A.G. – Não. O trabalho é consciente na atitude e na execução. Acho que toda a gente devia ver este tipo de coisas.
L. – Isto é uma auto-paródia fácil e preguiçosa. Parece-me um comentário muito triste sobre o estado actual das ideias e da criatividade em geral.
A.G. – Não é nenhum comentário triste. A beleza das artes está precisamente aí: é o facto de, desde sempre, ser uma comunidade onde as ideias com apenas uma semana e ideias com milhares de anos podem ser trabalhadas em conjunto.
L. – Mas o problema não está aí. O problema é que esta rapaziada não tem boas ideias. Há quem tenha. Mas nisto que acabámos de ver… nada. O chocante é que este pessoal pega nas ideias dos outros para vir aqui fazer um brilharete com elas. Isto é um negócio. O negócio das ideias. E estes colegas são os corruptos da arte.
A.G. – Tu não estás a perceber. Estás a transformar isto num ataque aos teus colegas porque eles ainda estão em crescimento e, se fosses simpático, aplaudias o trabalho deles por terem feito o que fizeram com esta qualidade e num espaço de tempo reduzidíssimo.
L.- Tu não estás a perceber. É uma irritante colectânea de imagens aleatórias, colocadas de maneira aleatória, onde tudo parece…
A. G. – Não é nada aleatório. Isto percebe-se logo que é feito por artistas.
L. – Artistas?!!! Isto é medíocre. Como é que podes chamar arte a isto? Sinceramente, só pode ser uma anedota.
A. G. – São pessoas como tu que fazem com que esta merda não avance. Isto de várias cenas coladas torna o espectáculo mais dinâmico e rico em termos conceptuais. Consigo sentir a riqueza artística dentro do coração de cada colega.
L. – Eu sinto é que tu, com esse discurso simpático, me fazes parecer um incapacitado. Não sei o porquê de passar meses inteiros a pensar em como atirar para cena a maior merda aleatória e caótica possível. Porque é que não fizeram o pedra-papel-tesoura para encher o espaço vazio? O resultado até podia ser melhor.
A. G. – Não tens de perceber o objectivo da coisa. Se te deixares levar pela cena é suficiente para perceberes se é bonita ou não. Mas repara na ambiguidade da cena: quer isto seja um bom trabalho ou não, o certo é que estamos a falar dele e fico muito contente porque ao menos não é ignorado.
L. – Por mim é.
A. G. – Por ti não é porque estás a falar dele.
L. – De vez em quando também falo em merda e não quer dizer que lhe dê muita atenção.
A. G. – Tu não estás a perceber. Isto é um trabalho artístico. Estás a atacar os teus colegas de forma suja e arrogante. Não consegues é ver o que há para além deste trabalho. É uma pena não atingires esse patamar. O que se passou aqui foi uma das melhores cenas que já vi. Sinto-me atropelado por um camião. E faz todo o sentido, quer estética quer conceptualmente. Restaurou a minha fé no Teatro Nacional D. Maria II. Portanto só devo agradecer aos colegas por este momento.
L. – Tu não estás a perceber. O que acabámos de ver até pode ser muito giro, muito bem executado, ya parabéns à malta, mas é extremamente irritante as imagens não serem mais do que simples homenagens e recriações. Não há nenhum esforço sequer em interligar as cenas todas com lógica. Não se percebe nada. Não há história. Parece um anúncio da TV Shop com imagens soltas e coxas por todo o lado. A única coisa amorosa é o espanholito. Mas não é suficiente. Depois de tanto trabalho apresentam-se estas coisinhas? É triste, parece uma cena de criancinhas. As pessoas que lhes chamam artístas deviam era morrer. Porque isto é a pior merda que eu já vi na vida. Deviam todos ser violados, assassinados e depois violados outra vez. Era agarrar numa mão cheia de calhaus e apedrejar a casa deles e depois eram violados e assassinados outra vez. Parasitas de merda. Isto é um roubo. Andam a roubar ideias.
A. G. – não sei porque é que estás tão nervoso… este diálogo que estamos a ter foi retirado dos comentários ao videoclip da Charlotte Gainsbourg no Youtube.
L. – Mas eu não estou nervoso. Eu estou feliz. Vamos ser capazes de dormir logo à noite?
A. G. – No fundo é o que interessa.
Lagosta – É tudo muito amador.
A.G. – Excelênte plasticidade. Perfeito.
L. – Muito Kitsh. Tem, aliás, uma plasticidade muito bizarra.
A.G. – Não. O trabalho é consciente na atitude e na execução. Acho que toda a gente devia ver este tipo de coisas.
L. – Isto é uma auto-paródia fácil e preguiçosa. Parece-me um comentário muito triste sobre o estado actual das ideias e da criatividade em geral.
A.G. – Não é nenhum comentário triste. A beleza das artes está precisamente aí: é o facto de, desde sempre, ser uma comunidade onde as ideias com apenas uma semana e ideias com milhares de anos podem ser trabalhadas em conjunto.
L. – Mas o problema não está aí. O problema é que esta rapaziada não tem boas ideias. Há quem tenha. Mas nisto que acabámos de ver… nada. O chocante é que este pessoal pega nas ideias dos outros para vir aqui fazer um brilharete com elas. Isto é um negócio. O negócio das ideias. E estes colegas são os corruptos da arte.
A.G. – Tu não estás a perceber. Estás a transformar isto num ataque aos teus colegas porque eles ainda estão em crescimento e, se fosses simpático, aplaudias o trabalho deles por terem feito o que fizeram com esta qualidade e num espaço de tempo reduzidíssimo.
L.- Tu não estás a perceber. É uma irritante colectânea de imagens aleatórias, colocadas de maneira aleatória, onde tudo parece…
A. G. – Não é nada aleatório. Isto percebe-se logo que é feito por artistas.
L. – Artistas?!!! Isto é medíocre. Como é que podes chamar arte a isto? Sinceramente, só pode ser uma anedota.
A. G. – São pessoas como tu que fazem com que esta merda não avance. Isto de várias cenas coladas torna o espectáculo mais dinâmico e rico em termos conceptuais. Consigo sentir a riqueza artística dentro do coração de cada colega.
L. – Eu sinto é que tu, com esse discurso simpático, me fazes parecer um incapacitado. Não sei o porquê de passar meses inteiros a pensar em como atirar para cena a maior merda aleatória e caótica possível. Porque é que não fizeram o pedra-papel-tesoura para encher o espaço vazio? O resultado até podia ser melhor.
A. G. – Não tens de perceber o objectivo da coisa. Se te deixares levar pela cena é suficiente para perceberes se é bonita ou não. Mas repara na ambiguidade da cena: quer isto seja um bom trabalho ou não, o certo é que estamos a falar dele e fico muito contente porque ao menos não é ignorado.
L. – Por mim é.
A. G. – Por ti não é porque estás a falar dele.
L. – De vez em quando também falo em merda e não quer dizer que lhe dê muita atenção.
A. G. – Tu não estás a perceber. Isto é um trabalho artístico. Estás a atacar os teus colegas de forma suja e arrogante. Não consegues é ver o que há para além deste trabalho. É uma pena não atingires esse patamar. O que se passou aqui foi uma das melhores cenas que já vi. Sinto-me atropelado por um camião. E faz todo o sentido, quer estética quer conceptualmente. Restaurou a minha fé no Teatro Nacional D. Maria II. Portanto só devo agradecer aos colegas por este momento.
L. – Tu não estás a perceber. O que acabámos de ver até pode ser muito giro, muito bem executado, ya parabéns à malta, mas é extremamente irritante as imagens não serem mais do que simples homenagens e recriações. Não há nenhum esforço sequer em interligar as cenas todas com lógica. Não se percebe nada. Não há história. Parece um anúncio da TV Shop com imagens soltas e coxas por todo o lado. A única coisa amorosa é o espanholito. Mas não é suficiente. Depois de tanto trabalho apresentam-se estas coisinhas? É triste, parece uma cena de criancinhas. As pessoas que lhes chamam artístas deviam era morrer. Porque isto é a pior merda que eu já vi na vida. Deviam todos ser violados, assassinados e depois violados outra vez. Era agarrar numa mão cheia de calhaus e apedrejar a casa deles e depois eram violados e assassinados outra vez. Parasitas de merda. Isto é um roubo. Andam a roubar ideias.
A. G. – não sei porque é que estás tão nervoso… este diálogo que estamos a ter foi retirado dos comentários ao videoclip da Charlotte Gainsbourg no Youtube.
L. – Mas eu não estou nervoso. Eu estou feliz. Vamos ser capazes de dormir logo à noite?
A. G. – No fundo é o que interessa.
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